O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou hoje que a instituição prevê o início da análise dos testes de eficácia da CoronaVac em 15 de outubro. A entidade ligada ao governo estadual de São Paulo testa e desenvolve um imunizante contra o coronavírus em parceria com um laboratório chinês, e atualmente realiza testes de fase 3 que vão incluir um total de 9 mil voluntários.
“Até o final de setembro vacinaremos todos os 9 mil. Com isso, a partir de 15 de outubro poderemos ter a análise da eficácia”, disse o diretor do Butantan durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.
O instituto, ligado ao governo de São Paulo, é o responsável pela terceira fase de testes da CoronaVac, realizados em 12 centros de pesquisa em todo o país. Os testes, segundo ele, demonstraram que a vacina em dose intermediária criou anticorpos neutralizantes em 98% dos voluntários.
Não houve relatos de qualquer efeito adverso na vacina estudada pelo Butantan até este momento.
Imunização
Dimas Covas ainda explicou como o Butantan aplicaria o R$ 1,9 bilhão que pleiteia junto ao governo federal para investimento na produção da CoronaVac. Segundo o diretor da instituição, o aporte financeiro permitiria que a fabricação se intensificasse e chegasse a 100 milhões de doses em abril o que não seria o suficiente, já que cada pessoa precisa de duas doses da vacina.
“O recurso adicional que vier do Ministério será investido no aumento da capacidade de entrega de vacinas ao Ministério”, afirmou.